“Habemus Papam”! Temos Papa. Não, não é o Papa Açorda como algumas facções fundamentalistas do interior alentejano desejavam religiosamente. Trata-se do Papa Bento XVI e apresentou-se como, e passo a citar “…um humilde trabalhador das vinhas do Senhor”. Ora isto diz-me algumas coisas.
Primeiro. O Senhor tem vinhas. Serão grandes? Poderemos afirmar que o Senhor é um grande latifundiário? Quais serão as castas exploradas? Será que o vinho da Igreja, dado aos fiéis da quando das missas e proclamado a todos como o sangue de Cristo, vem das suas adegas?
Segundo. Alguns cardeais, senão todos, são trabalhadores dessas vinhas. Isto indica uma clara exploração de trabalho de pessoas idosas e um atentado à idade de reforma. Pergunto-me se existirá, dentro da Igreja, movimentos sindicais que lutam contra este abuso. Haverá discussão do código de trabalho?
Terceiro. E este ponto faz-me um certo sentido. O nome Bento parece-me a mim, e claro posso estar enganado, um nome tipicamente campónio. Perdoem-me quem ler este meu devaneio e achar ofensivo, mas é o que eu acho. Isto só vem confirmar o facto de o novo Papa ser um trabalhador do campo. Quem trabalha nas vinhas e quer fazer nome na área em questão, Bento parece-me um nome forte.
Quarto, último e preocupante. O facto de o Senhor ter vinhas contraria de algum modo a ideia de a Humanidade ser um rebanho e os padres, bispos e cardeais os seus pastores. Dá-me a entender que a pecuária não é o forte da Igreja, mas sim a viticultura. A questão que se impõe é? Porque não fomos informados antes? Que queriam esconder? Que somos todos uvas e que um dia seremos espezinhados até nos tornarmos vinho?
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